Spread Bancário: como ele funciona na prática?

Você sabe o que significa spread bancário? Certamente pode não saber/reconhecer o conceito, mas, na prática, sabe e muito bem no que consiste o termo e suas aplicações práticas. Duvida? Vem comigo que eu te provo.

O spread bancário nada mais é do que a sutil diferença entre o valor que os bancos pagam pelos recursos que eles pegam, ou seja, quanto eles pagam aos investidores para captação de recursos e quanto eles cobram a partir da disponibilização destes recursos ao público.

Se você já realizou algum investimento com instituições financeiras, sabe bem como os seus rendimentos não são assim tão expressivos, e sabe bem como os juros de um empréstimo são elevados. Basicamente essa é a definição prática de spread bancário.

Vamos a um exemplo prático? Vamos imaginar que você tem mil reais na poupança na qual o banco paga para você um real por mês de juro para que você mantenha o valor lá.

Uma pessoa está passando por um momento de extrema necessidade e precisa de um empréstimo junto ao banco. Para a realização do empréstimo fica acordado que o indivíduo deve pagar três reais por mês pela operação.

Se o dinheiro é seu, e o banco apenas intermedia a operação, por quê ele fica com a maior parte do lucro, enquanto você, detentor do capital, fica com apenas um terço do valor obtido?

Spread bancário em funcionamento

Na prática, já vimos um pouco de como o spread funciona, não é? Para entender essa diferença entre o valor pago e o valor cobrado, precisamos considerar que o banco não “guarda” o seu dinheiro sem custos administrativos e de operação.

Da mesma maneira ele não empresta sem que haja custos operacionais arcados pelo indivíduo que está buscando pelo empréstimo.

Em outras palavras, os bancos não são instituições de caridade e todas as suas operações visam o lucro e a construção de patrimônio próprio.

Quando o banco estipula o pagamento de três reais por mês, nessa taxa não temos unicamente lucro, pelo contrário, aliás, temos as taxas de operação, os gastos do banco, o pagamento da carga tributária, e ainda uma questão que pode acabar passando despercebida.

Nesse valor, o banco também leva em consideração o risco de inadimplência e calote, quando o indivíduo por n motivos não honra com o empréstimo ou financiamento assumido.

Podemos dizer desta maneira que o spread bancário é constituído por todos estes fatores e não unicamente pela margem de lucro do banco.

Como o banco calcula o seu spread bancário?

Já se perguntou como o banco chega ao valor do spread bancário? Como vimos, não é deliberadamente uma taxa de lucro então, há realmente um cálculo que precisa ser considerado para determinar tal valor.

O spread bancário está composto por no mínimo, a depender da instituição financeira, cinco variáveis que determinam o valor final.

Dentre estas variáveis temos os custos administrativos (que podem variar de instituição para instituição), o depósito por compulsão ou compulsório, os impostos que incidem diretamente, a inadimplência e o lucro por fim.

Os custos administrativos correspondem aos custos que o banco possui para operar. Assim como qualquer empresa o banco possui custos de operação, ou em outras palavras, custos administrativos para manter a instituição funcionando. Espaço físico, salário dos funcionários, insumos, tudo isso entra em custos administrativos.

O depósito compulsório talvez seja o conceito mais abstrato aqui e consiste em uma das técnicas do Banco Central para manter a boa economia. Quando necessário os bancos são obrigados a manter uma parte do seu capital no Banco Central, consequentemente há uma retenção dos recursos na fonte de suas transações.

 

Redação Hora do Mercado

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