Nós vivemos em um sistema capitalista. Ou seja, nós somos pessoas capitalistas e isso não deve ser uma novidade para você. Mas você sabe na prática o que é capitalismo e quais são as suas características? Vamos bater um papo sobre o assunto?
O capitalismo começou, sobretudo, com a ascensão da burguesia no fim da Idade Média com seu característico sistema feudal. Mais antigo do que certamente você imaginava.
Este regime econômico se configura pelo fomento da livre iniciativa, ou “laissez-faire”. Mas como podemos sintetizar isso da livre iniciativa? Basicamente os agentes sociais desenvolvem seus negócios sem interferência do estado e visam com isso, o lucro e a construção de capital/patrimônio.
Para que estes objetivos sejam alcançados se faz necessário o uso maximizado da propriedade privada (pela posse dos meios de produção) e pelo trabalho (detenção da mão de obra).
Como pilares fundamentais do regime capitalista temos a garantia do direito a propriedade, o respeito aos contratos firmados entre as partes e a aplicabilidade da lei.
Vantagens e falhas do capitalismo
O capitalismo como regime econômico apresenta uma série de vantagens, dentre elas a livre concorrência, a alta produtividade e o crescimento econômico. Todavia, apesar de suas inúmeras vantagens, o regime se mostra falho em determinados aspectos, tais como não prezar pelo bem-estar social, o respeito ao meio ambiente e igualmente fomenta desigualdades e faltas de instabilidades na economia.
A partir destas observações, é a interferência mesmo que pequena do Estado, que garante o bom, ou o melhor funcionamento do regime capitalista, fornecendo desta maneira condições adequadas para que não haja ações lesivas no mercado. Essa estratégia visa igualmente preservar os empreendedores em seus negócios.
Quais atividades o Estado pode ter em um regime capitalista?
As ações de intervenção do Estado são escassas em um regime capitalista, mas ainda sim ocorrem. Dentre as ações que o Estado realiza, temos, por exemplo, o pagamento de benefícios (um exemplo de incentivo ou incremento ao bem-estar social que, como visto anteriormente, não está na lista de prioridades do capitalismo), manutenção da máquina administrativa (o oferecimento de serviços públicos básicos de qualidade), dentre outros.
O oposto do capitalismo
Você já pensou qual seria o regime econômico que viveríamos se não vivêssemos no capitalismo? Não? O oposto do capitalismo seria o socialismo.
De acordo com a doutrina do socialismo, as diferenças de renda e as crises financeiras envolvendo os agentes sociais seriam totalmente eliminadas se a propriedade privada fosse eliminada do cenário social.
Nessa doutrina os meios de produção deveriam pertencer à sociedade, sendo administrados por um único órgão que deveriam ter como objetivo o bem-estar coletivo de todos.
Capitalismo consciente: o que é?
O conceito de capitalismo consciente está no Brasil desde 2013, sendo desta maneira um conceito recente. Apesar de igualmente considerar o capital e o lucro como fundamentais para a perpetuação do negócio e sua manutenção ao longo do tempo, o conceito de capitalismo consciente engloba outras variáveis nesse cenário que são para ele igualmente importantes para o sucesso da gestão.
São eles:
- Propósito (qual a missão da empresa em suas atividades?);
- Geração de valor para todos os envolvidos com a empresa e não unicamente seus acionistas (podemos ver aqui uma comunidade no entorno da empresa, direta ou indiretamente beneficiada pela mesma);
- Exercício da liderança de maneira consciente (as pessoas devem vir antes dos negócios, exemplo de gestão humanizada);
- Cultura consciente que determina o seu envolvimento com todos aos envolvidos com a sua empresa.
Podemos sintetizar a ideia do capitalismo consciente não unicamente como uma estratégia para obtenção de lucro, mas sim como uma atuação onde se visam os impactos positivos para o ambiente onde a empresa está inserida.
