Assessor de investimentos ou gerente do banco?
Existem diferenças importantes entre esses dois profissionais do setor financeiro que podem fazer a diferença na construção do seu futuro.
A figura do gerente de banco é muito presente na vida dos brasileiros, inclusive quando se fala em decisões de investimentos. No banco, o gerente cuida do dia a dia da sua conta corrente, de pagamentos, transferências, cartão de crédito, empréstimos e outros serviços rotineiros. E por conta dessa proximidade que o gerente tem da nossa conta nas operações do dia a dia que envolvem nosso dinheiro, acabamos muitas vezes delegando a ele decisões de investimentos que vão impactar o nosso futuro e o da nossa família.
Quando o assessor de investimentos atua junto aos seus clientes, a primeira etapa do seu trabalha passa por um diagnóstico completo da estrutura financeira e estilo de vida atual do cliente. Por vezes o trabalho do assessor de investimentos se assemelha ao de um médico, no sentido de entender tudo que envolve a vida financeira do meu cliente como o quanto ele ganha, o quanto gasta, se é casado, se tem filhos, levantamento completo do patrimônio. É uma relação de confiança que exige, naturalmente, muita transparência de ambas as partes para que seja montado um plano para a realização dos objetivos do cliente.
Outra questão que costumo levantar é que por precisar lidar diariamente com centenas de contas de clientes e demandas de natureza distintas, dificilmente um gerente de banco consegue ter o grau de expertise em investimentos como um assessor de investimentos tem. Quando você está com dor no coração você vai para um clínico geral ou um cardiologista? É claro que existem ótimos profissionais que são gerentes de banco, mas como o assessor de investimento só trabalha com investimentos, são especialistas no assunto e podem mostrar um leque de oportunidades que existe no mercado financeiro que raramente um gerente terá a sua disposição em um banco tradicional.
Alerto, ainda, os investidores a compararem sempre antes de tomar a decisão de onde aplicar o seu dinheiro. O brasileiro sempre pesquisa taxas antes de financiar um imóvel, pesquisa em várias concessionárias antes de comprar um carro, antes de comprar um celular, mas quando se fala de investimentos não gasta mais do que cinco minutos em frente ao gerente do banco para tomar uma decisão que muitas vezes pode impactar completamente o futuro dele.
Conflito de interesses
O conflito de interesses é mais um ponto de atenção que o investidor precisa observar. Há casos em que as ofertas de investimentos que surgem nos bancos por vezes são frutos de campanhas criadas pelas instituições com metas a serem cumpridas pelos gerentes. Os assessores não tendem a mostrar produtos que não fazem sentido para o perfil e os objetivos do cliente. Como não são funcionários do banco de investimentos ao qual são vinculados, não possuem metas para cumprir de superiores. O único objetivo é atender da melhor maneira possível cada cliente, respeitando sempre o seu perfil de investidor.
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