Quando você pensa em investir em renda fixa, provavelmente lembra da caderneta de poupança ou de ir ao banco falar com o gerente para aplicar o seu capital. Hoje mais de 80% dos brasileiros investem na poupança, muitas vezes por comodidade, outras por não querer “ter o trabalho” de procurar a melhor alternativa ou até mesmo por não saber onde vai investir o dinheiro. Inúmeras podem ser as causas, contudo a consequência é a mesma: você deixa de rentabilizar mais o seu capital ou até em alguns casos está perdendo.
O tempo que se conseguia 1% ao mês em um título conservador ficou para trás. Hoje em dia, com a taxa Selic no patamar de 6,5% ao ano, para conseguir a rentabilidade que tínhamos no passado temos que ter apetite ao risco, investir bem e diversificar em produtos com perfil de risco mais voltado para o moderado ou agressivo. É bom frisar que, embora nominalmente a rentabilidade na renda fixa esteja bem abaixo do que em 2016 ou 2017, a conta que temos que fazer com relação aos nossos investimentos é a da Taxa Real – taxa nominal descontada a inflação no período.
Se você se enquadra nesse tipo de situação este artigo vai te ajudar a escolher o melhor título de renda fixa. Basta seguir as 5 dicas.
1. Capital
Em determinadas instituições quanto maior for o capital que você tem para investir, maior é a remuneração que conseguirá. Isso praticamente não se aplica quando se investe através de uma corretora de valores. Nelas você tem acesso a vários papéis, de diversas instituições financeiras a partir de 1 mil reais.
2. Tempo
Antes de escolher e formar uma carteira de investimentos é importante que saiba dos seus objetivos e se perguntar em quanto tempo você irá precisar desse dinheiro. Gosto sempre de alertar que quanto maior for o tempo, maior é a rentabilidade que você receberá desse investimento.
3. Liquidez
Em quanto tempo pretende ter esse capital de volta? 1 dia, 30 dias, 3 meses, 1 ano? É muito importante que você tenha essa informação bem definida porque uma vez que se contrata um título com vencimento e carência de 1 ano, você só poderá ter acesso a esse capital na data pactuada. Há pessoas que acham que precisam ter todo o seu patrimônio com liquidez imediata, mas o que recomendamos é que você tenha de 6 a 12 meses de suas despesas fixas investidos em aplicações com alta liquidez para fins de construção de uma reserva de segurança.
4. Títulos de renda fixa
Dentro do universo de renda fixa você tem vários papéis que pode ter acesso, que é onde muitas vezes nos deparamos com uma verdadeira sopa de letrinhas. São alguns deles: CDB, LCI, LCA, LC, CRI, CRA, Títulos Públicos, Debêntures etc. Como você já passou pelas dicas 1 e 2, o importante é que você filtre esses títulos de acordo com seu tempo, liquidez e escolha o que mais se encaixa dentro da sua necessidade. Lembre de comparar os títulos tributados com os títulos isentos. A depender do prazo, os títulos que têm imposto de renda valem mais a pena que os isentos.
5. Segurança
Alguns papéis de renda fixa não possuem a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Exemplos: TÍTULOS PÚBLICOS, CRI, CRA, DEBÊNTURES, LF etc. Antes de investir, é sempre bom verificar o tipo de garantia e segurança do título. Gosto de lembrar que mesmo com a garantia do FGC é bom dar uma olhada na saúde financeira da instituição.
E a rentabilidade?
A taxa que você irá ser remunerado é consequência. Se você já definiu o tempo, a liquidez, o título, o capital e a segurança é só escolher aquele que tiver a maior taxa dentro desses parâmetros, aplicar o seu dinheiro tranquilo e ir para praia.
Espero que com esse artigo você possa sair da Poupança ou dos títulos que estão te remunerando mal nas grandes instituições e possa rentabilizar melhor o seu dinheiro. Você merece mais que isso.